Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Blog da Cristina

Mais um blog ... Mas este é diferente, porque é meu! E é um blog sobre ...

O Blog da Cristina

Mais um blog ... Mas este é diferente, porque é meu! E é um blog sobre ...

A Faculdade que calha em sorte

28.08.24, Cristina

Olá,

Tudo na vida tem uma percentagem de sorte ou de azar, como lhe queiram chamar, podemos trabalhar muito e ainda assim aquele bocadinho que não controlamos minar tudo ou grande parte. Tal como quando vamos a conduzir de forma bastante cuidadosa e atenta, cumprindo a velocidade e aparece um condutor que provoca um acidente e nos envolve, podendo mudar por completo o rumo da nossa vida e de tantos outros.

Parece dramático? Até pode ser, ainda assim não deixa de ser um facto, e um facto que pode ser aplicado à realidade de um adolescente que se candidata à faculdade são tantos os imponderáveis numa candidatura que há que ser bastante corajoso para não desesperar. Tudo é uma competição gigantesca, na qual as reais capacidades de cada um se podem desvanecer. Quantidade em vez de qualidade é o que mais se valoriza. Andam anos e anos a não serem estimulados para encontrarem o seu gosto especifico a tentar que seja tudo homogéneo e de repente ... vá escolhe e escolhe depressa que há muitos a quererem o mesmo que tu. 

Para decidir quais as faculdades escolher tendo em conta as notas, baseiam-se no passado que como todos sabemos nada garante para o futuro, e de repente a história muda por completo o futuro e o que era certo passa a ser incerto.

Ser adolescente não é simples, ou talvez sejamos nós que complicamos, não sei, certo é que é um momento de muitas dúvidas onde se é exigido que se comecem a ter certezas concretas - em que te queres especializar na tua vida?

E isto causa stress e ansiedade.

A juntar às expectativas interiores juntamos as expectativas exteriores nomeadamente dos pais, e quanto mais formação tiveram os pais e mais crescimento profissional atingiram parece que a expectativa aumenta. (Eu tentei fugir a este padrão, mas há um pai e uma mãe em muitas histórias, e por vezes só um não chega para estabelecer a tranquilidade).

É verdade estou com esta conversa porque o meu filho entrou numa faculdade que não era a sua primeira preferência. 

Ontem a propósito disto fui buscar um livro do Malcom Gladwell, tive que procurar que já não tinha a certeza de qual era e em que parte estava, finalmente encontrei a frase - " ... há momentos e lugares onde é melhor ser um grande peixe num pequeno lago". (Tenho pena de ninguém me ter alertado para esta ideia). Dei o livro a ler ao meu filho, espero que o faça. Talvez às vezes seja melhor, ser o melhor numa faculdade que é boa mas não é de topo seja lá isso o que for.

Quando não se entra nas primeiras opções, parece que se fica com aquele gostinho amargo de ter ficado com o que ninguém quer, o que de todo não é verdade, porque há muitos que gostariam de ter entrado nesse sitio que nos calhou em sorte.

Relembro uma música dos Cold Play que diz algo como - "às vezes o que queremos não é o que necessitamos" e o que no inicio parece um mau augúrio, na realidade não há certezas de nada, até pode ser bem diferente quando é vivido, que o futuro tal como o passado é imprevisivel e só sabemos se gostamos ou não de algo quando experimentamos, antes estamos só a basearmos-nos na opinião alheia.

Felicidades para todos os que entraram e para os que não entraram porque na vida há vários caminhos que se podem seguir todos sem garantia de sucesso.

Boa Semana!

 

O meu Pão

23.08.24, Cristina

IMG_1875.jpeg


Olá, 

agora habituei-me a fazer pão e já é raro o dia em que não faço. E como cá em casa gostam, ainda dá mais vontade de fazer. 
Como em tudo o treino faz com que cada vez fique melhor (para os padrões cá de casa, claro). 
Portanto, lembrei-me de partilhar com vocês a imagem do pão de hoje. 
Bom fim de semana! 

Bibliocris - Novo Livro Miguel Esteves Cardoso - Como Escrever

20.08.24, Cristina

IMG_1854.jpeg

Olá, a semana passada descobri que o Miguel Esteves Cardoso tinha um livro acabadinho de sair do forno e o título prometia.

Fui a correr comprar, há alguns autores que já nem analiso muito antes de decidir adquirir, não é garantia de nada, mas a vida é tão curta que o melhor é aproveitar estas pequenas certezas que não o são, mas que se correrem mal não é nenhum descalabro. 

O tema é algo que me fascina e já li alguns livros semelhantes, mas este de semelhante só mesmo o título de resto é totalmente diferente, eu diria que mais libertador. 

Uma das interpretações que fiz foi que para quase todas as profissões há regras e métodos bem estudados para se ser bem sucedido, aliás há profissões com regras tão intransigentes que quando quebradas podem causar danos irreversíveis, mas no caso dos escritores não é tanto assim, não há regras, não há idades, não há fórmulas certas, não há nada de concreto, bem pelo contrário quem ousa quebrar regras até pode ser bem sucedido ou não, lá está a falta de "guidelines" fixas.

Parece complicado, mas se olharmos de outro prisma, podemos encontrar um caminho de liberdade e de possibilidade para muitos, não de sucesso garantido, porque isso é algo que não existe, mas sim de algo que até pode ser terapêutico.

Há certas actividades que exigem características físicas determinadas, como é sabido alguns aspectos do nosso corpo não temos a capacidade de alterar (pelo menos por meios próprios), assim de repente lembro-me da altura, algo bastante difícil de modificar, há formas de colmatar mas não de mudar, portanto não é o mesmo, para jogar basket é algo bastante característico ser alto, para escrever não existem características físicas determinadas, nem é necessário ter sanidade mental ... A maior característica é mesmo a vontade e a perseverança.

Escrever é terapêutico e realmente independente, não precisamos de mais ninguém para o fazer, atenção que estou a falar em escrever, não em ter leitores, publicar livros, etc., estou a mencionar o acto de escrever puro e simples. Ao escrever estamos nós e a nossa cabeça, como diz o autor ligar a cabeça à mão.

Já mencionei aqui algumas vezes que adoro escrever e não o faço tanto como gostava, porque ainda não me consegui organizar para tal, na minha cabeça o resto do mundo acha esta actividade fútil e portanto deve ser deixada para o final se sobrar tempo ... sim habituei-me a viver com muitas ideias erradas, as quais a pouco e pouco estou a tentar desconstruir e mudar, mas como tudo leva tempo.

Algo que o autor deixa bastante frisado é a rotina, estabelecer uma rotina de escrita e respeitar essa rotina segundo ele é primordial especialmente depois de ter descansado a cabeça. Faz muitas analogias com a corrida, uma actividade que também exige bastante rotina e treino.

No outro dia uma senhora que vende livros referiu-me que o Miguel não é muito consensual que há muita gente que não gosta, aceito embora não partilhe da mesma ideia, acho que tem uma forma de escrever deslumbrante e muito cativante.

Já leram este novo livro do MEC?

Boa semana ...

PS - "Daqui a cem anos, aquilo que escreveu será como se alguém tivesse tirado uma fotografia à sua alma" - Miguel Esteves Cardoso

 

 

O filho que adora cozinhar …

03.08.24, Cristina

IMG_1727.jpeg

Olá, 

desde muito pequeno que o mais pequeno tem tendência para cozinhar. 
E eu vou apoiando, costumo dizer estou cá para apoiar não para comer, quando me perguntam se ficou bem. 
Eu sou muito esquisita a comer, mas o importante nesta equação não sou eu é ele, e o meu papel é tão somente o de dar suporte com o que estiver ao meu alcance, especialmente sem pressão. 
E tem evoluído, se vai seguir ou não, não sei, para já é algo que lhe dá muito prazer fazer e ... comer e a mim ver 👀 😁

Bom fim de semana!