Em 2023 como fui?
Olá,
estas datas marcadas pelos humanos, são boas para reflectir e fazer balanços.
Este ano para mim foi um 2 em 1, na primeira parte tive uma atitude e na segunda parte outra drasticamente distinta e oposta.
Como para o ano faço meio século, diria que a primeira parte de 2023 foi como vivi praticamente todos os meus 50 anos.
Analisar o meu 2023 não é nada simples, e até me dá medo, mas como diz a frase - se dá medo, faz com medo, mas faz.
Na primeira parte do ano fiz (ou tentei) o social e politicamente correto - aguentar, lutando contra a minha própria vontade, contra as minhas crenças, contra o que quero para a minha filosofia de vida, escolhendo os outros, prejudicando a minha saúde, e gritando para dentro - AGUENTA és uma mulher de coragem que gosta de fazer o bem a todos ou não?
Hummmm parece que não...
Na segunda parte do ano decidi escolher-me a mim e à família que criei. Atividade perigosa e pouco aceite socialmente regada com muito culpa.
É estranho que num tempo em que somos obrigados a estar sempre a fazer algo decidi parar e simplesmente deixar de fazer o que sempre fiz. As mulheres acham que para elas não existe esta alternativa, mas não é verdade - é tão simples como carregar no botão off, a parte complexa é a seguinte lidar com a reação dos outros. Há um livro em que o titulo é - O problema são os outros.
E muitas vezes são - porque agimos sem pensar, a fazer o que vimos fazer, a fazer o que nos dizem para fazer. Num fazer infinito.
STOP
Foi o que fiz este ano.
Experimentar a viver a minha vida sem tanta influência exterior, até diminuí o consumo de redes sociais.
E agora o balanço - em qual das partes me senti melhor?
De longe na segunda, mas de muito muito longe. Isso é bom? Não é bom de todo, porque como a maior parte dos humanos gosto de agradar e fui formatada para isso, portanto a culpa pesa e pesa muito.
Mas não quero chegar ao fim dos próximos dias, anos ou mesmo ao fim da minha vida e pensar - não vivi a minha vida, não fiz o que gostava para viver a vida dos outros.
Se consegui ser como queria sempre? Não claro que não, há muito trabalho a fazer, muito a organizar no computador de bordo.
Mas de momento, sinto-me em paz e tranquila, e com um ano novo pela frente, em principio.
Na minha vida tenho 4 pessoas especiais - eu própria (nunca me larga e vai ser para a vida toda 🤦🏽♀️), o "meu" marido qualquer dia fazemos 30 anos juntos - e ele é sempre quem me obriga a crescer e deixar-me de mer#as, que a vida é curta, e os "meus" Dois - ao fazer o que sempre vi fazer com eles, muitas vezes fiz mer#a, e sei disso, ainda assim estão muiiiitttoooo bons. (as aspas no meu(s) é porque ninguém é de ninguém, como sabem)
De forma que sim gostei de 2023, com umas obras que ainda não terminaram, mas que no cômputo geral me agradaram fazer e agora desfrutar .
Nunca fui pessoa de fazer muitos planos a vida foi acontecendo sempre comigo a achar que não faço, nem sou nada de extraordinário, mas depois a olhar para o que passou e a surpreender-me - Tu fizeste aquilo?
Veremos o que acontece no próximo capítulo no Livro - A vida de Cristina!
Detesto frases feitas e batidas portanto os meus votos para os leitores do blog e amigos é que em 2024 pensem, que tentem, que tomem conta de vocês e do vosso computador de bordo 😉.
Crisabraços para todos!