Escrevia-me uma amiga no outro dia - "as mães nunca largam as suas crias". Se o fizerem são condenadas por todos e mais alguns, e ela não se estava a referir a abandonar crianças, estava a referir-se que abdicamos de muita coisa pela maternidade, e já não é a primeira que menciona o assunto.

• Quem abdica mais? Diram vocês, isso nem se pergunta. Mas deviamo-nos perguntar, todos os dias, nós mulheres. Somos nós.
• E a sociedade valoriza? Sinceramente, não. E abdicamos, porquê? Porque a maior parte de nós nasceu formatada para a maternidade, porque se não como sabem era o fim da coisa tal como a conhecemos.
• Mas quem a sociedade chateia mais? As mulheres. Mas sem dúvida alguma.
• Quem se critica mais ou se culpabiliza mais? As mulheres.
• Quem é mais simples? Pasmem-se, as mulheres.
• Quem nos vendeu a ideia que as mulheres são complicadas? Os homens.

E voltando ao titulo abdicamos de quê? Basicamente de tudo:

• Do corpo (o mais visível)
• Da paz de espírito (nada visível)
• Da carreira, total ou parcialmente (ou da maternidade total ou parcialmente)
• Hobbyes
• Amigas
• Tempo livre
• E a lista continuava ...                                                                                               Às vezes nem nos apercebemos que estamos a abdicar, afinal há um dever e uma missão a cumprir, por muito que nos queiramos afastar dessa missão e dedicação, está dentro de nós. Mesmo quando nos tentamos afastar, não nos sentimos bem, dentro de nós estamos a falhar. Se calhar um dia mais tarde vamos sentir que falhamos connosco próprias. Mas não falhámos com quem nos rodeia e isso para nós é o mais importante, nem é melhor nem é pior, é tão e somente o mais importante. 
• E repetiamos tudo, outra vez?  A grande parte de nós sim. 
• E mudávamos alguma coisa? Sim, tentariamos sempre fazer mais e melhor.

A maternidade é algo que não se explica, vive-se o melhor que cada uma consegue, com uma ginástica cada vez mais ao nivel do contorcionismo. Não são as mulheres que são complicadas os desafios que lhes são apresentados é que são bastante ... Terminem vocês a frase.

bjs 

Neste novo ano lectivo, eu Mãe, prometo:

• Não exigir tanto
• Não esperar tanto
• Não stressar tanto
• Não pré destinar a desgraça tanto 
• Não me "saltar a tampa" tanto 
• Não querer perceber tanto 
• Não querer estar sempre lá tanto 
• Não comparar tanto 
• Não esquecer do divertimento tanto

Bjs

Estou encantada com este conjunto. Nunca me tinha lembrado de conjugar vidro, pedras e velas, e estou fã. Este fui eu que fiz. Bjs

Adoro finais felizes, aquela última frase " e foram felizes para sempre" devia ser obrigatória em todas as histórias verdadeiras ou não. Detesto tudo o que acaba mal. Detesto filmes com demasiada corrupção, violência, pessoas más e terror. Têm que acontecer coisas más pelo meio para que um final feliz tenha mais valor. Mas as nossas vidas encheram-se de coisas más, diria mesmo demasiado más e infelizmente nas histórias reais ou fictícias. Imagens que envolvem o que de pior o ser humano pode fazer é o que não falta no cinema, na televisão, nos livros, nos jornais por todo o lado. Pessoas com cabeça fraca sempre houve, nunca houve como agora tanta fonte de inspiração e tanta facilidade de acesso à mesma. Devíamos tentar olhar mais para o lado positivo, apesar de o positivo não vender tanto como o negativo, uma grande noticia é algo que causou muita desgraça, o bom dá uma linda noticia que dura no máximo um dia, ora isso não vende. Algumas pessoas (demasiadas) vivem amarguradas com a vida, sem tempo, algumas vezes sem dinheiro, com trabalhos que não satisfazem mas que têm que ser, e no final do dia para não pensar na sua própria vida ligam a TV e lá está mais do mesmo. E algumas cabeças são tão fracas que lhes dá para tornarem real aquilo que viram na ficção. Infelizmente. Ser positivo não é nada fácil nos nossos dias, e nunca foi, mas acreditar num final feliz não custa nada. A vida devia ter mais de comédia romântica e menos de filmes de terror. 

Os noticiários deviam ser obrigados a incluir algo de positivo nas noticias, com a consequência de serem penalizados com uma multa se não cumprissem.

Como nos sentimos quando acabamos de ouvir, ver ou ler algo bom? Sentimos-nos leves, bem dispostos, com vontade de trazer aquele " bom" para o nosso modo de vida. Uma pena que por vezes passa rápido, por sermos tão atordoados com as agruras da vida.

Grande desafio para o ano que agora começa (está na moda dizer que o ano começa em Setembro), alguém se apunta (desculpem a mistura do espanhol) ... Alguém aceita o desafio?

Bjs e bom Setembro